terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um Dia de Fúria


Este é o título de um filme protagonizado por Michael Douglas. Na película, Douglas é um homem desempregado que chega ao seu limite durante um congestionamento e resolve combater a escória da sociedade com as próprias mãos. Gente fresca, como o barman de um hotel, que se recusa a servir o café da manhã por conta de um minuto de atraso do hóspede ao refeitório, será o alvo de William Foster. A propósito, vi, no cidadeverde.com, a notícia de que um homem que tinha o filho internado no HUT discutiu com um policial, rendeu-lhe, tomou-lhe a arma e saiu atirando em meio aos que se encontravam no recinto. A cena lembrou-me o filme aludido acima. E a pergunta sobre o que teria antecedido o ataque de ira é inevitável. Inevitáveis também as conjecturas. Será que o rapaz entrou em polvorosa com a possibilidade de perder seu filho? Será que ele, no percurso para o hospital, teve de enfrentar o trânsito de Teresina entre 18h e 20h? Será que com o filho se contorcendo de dor ainda teve de aturar a indolência de um funcionário público, que preferia se concentrar no último capítulo da novela a zelar pelo princípio da eficiência no serviço público? Será que, ao reclamar por um mais efetivo e afetivo atendimento, foi peitado por um militar sem curso de recursos humanos, que expele autoridade por todos os poros e não entende que o popular é justamente quem paga o seu salário? Ou será que tudo não passou de um reles xilique gratuito de mais um nervosinho pós-moderno num dia difícil? Sei lá.

2 comentários:

Anônimo disse...

Todo mundo já teve um dia de fúria desses. Sorte é que quase todos conseguem manter o controle.

Diego Iglesias

Nil disse...

Manchete: DIA DE FÚRIA...rs
Tua cara! Mas é impossível não fazer essa ligação e lamentar tudo.. Adorei o texto e achei mais legal ainda tua autodescrição.. xero