quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amarelei

O último final de semana foi marcado por duas eleições que movimentaram Teresina. OAB-PI e PT elegeram seus respectivos presidentes. Algumas semelhanças e muita disparidade entre os dois pleitos. Na Ordem dos Advogados, um tsunami amarelo denunciava, de longe, que os adversários de Sigifroi Moreno seriam massacrados. E foram. Entre os Trabalhadores, o vermelho de Fábio Novo acachapou o de Rosângela Sousa & Cia. As duas vitórias eram lógicas. Insossas até, pelo favoritismo. Mesmo os números foram parecidos. Os vencedores levaram com mais de 60% dos votos. Mas as semelhanças param por aí. Nada se compara à disputa dos causídicos piauienses. Aliás, só uma eleição para deputado ou prefeito pode servir de parâmetro. Uma de vereador ficaria devendo. Meninos eu fui, vi, votei e até venci. Mas fiquei assombrado com o poderio de minha classe. Havia bandeirolas, faixas, adesivos, camisetas, cabos eleitorais, guerra de nervos, bate-boca, tudo. Era um misto de eleição com decisão de campeonato. Uma latinha de refrigerante perdida e voadora, que me encontrou, é a prova cabal disso. Antes, eu só havia sido alvejado com algo do tipo no Lindolfo Monteiro, num Rivengo. Antes, eu só havia visto algo parecido num Hugo Napoleão X Mão Santa. Eu, que já me padronizara de amarelo para votar, saí mais amarelo ainda. De medo. Um dia os jornalistas serão fortes assim.

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