segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Agora Eu Passo


A Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (9), o Projeto de Lei 4118/08 que proíbe as organizadoras de concurso público de exigir conteúdos além dos necessários para o cargo oferecido. Tal informação deu-me uma leve impressão de “agora vai”. É que dentre a penca de projetos que tenho está o de ser funcionário público. O maior é o de levar a vida escrevendo. Mas o cara só faz isso se ganhar bem e trabalhar pouco, coisa que só acontece com quem é concursado. Entretanto, a exigência do Ó do Borogodó em tais pleitos sempre me afugentou. E isso não é de hoje. Já no colegial eu tinha a certeza absoluta de que pro meu estilo de vida jamais precisaria aprender a Lei de Lavoisier ou destrinchar uma equação química. Ainda não senti falta de tais conteúdos. O mesmo eu andava dizendo do que se pede em concurso. Os caras inventam uma teoria todo dia. O serviço público não melhora, mas os cursinhos preparatórios se atopetam de gente tentando aprender o sexo dos anjos. A notícia da aprovação do projeto veio justamente quando eu já começava a sacar a Teoria Jurídica das Instruções da Avestruz, cujo segundo nome é Teoria da Cegueira Deliberada. Ela explica situações em que o agente público finge que não vê produtos de crimes sob sua barba. Como uma avestruz, o funcionário enterra a cabeça. Faz sentido. Mas só isso.

Um comentário:

Calmaria disse...

poxa...boa notícias esta de fato...e mais, pra continuar escrevendo se precisa msm disso - um emprego público...hj à tarde, conversando com um amigo, pensei q ele estava no INPI, onde é concursado no RJ, mas não - estava em casa.
Eu disse - tu não trabalha não?
Ele respondeu - eu sou servidor público e vou já tomar um banho de psicina!

Como diz o Flávio Meirelles - éeee amigoooooooooooooo...vamos estudar!

Bjim e parabéns pelo blog.
Erica Maciel Paz