quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amar é...


Robson Costa avisou: não há palavras para explicar a paternidade. Foi a melhor expressão de sentimento que já me repassaram. Se alguém tivesse me dito que ser pai seria como passar no vestibular, eu limitaria meu pensamento. Se outros dissessem que seria como casar, a imaginação faria escalas e não viajaria absoluta. Como palavras não trariam uma comparação fiel, segundo a Teoria Robsoniana, eu apenas abstraí-me. Mas digo: mesmo exagerado como sempre fui não cheguei perto de mensurar o que de fato acontece com a paternidade. O meu filho Raul faz hoje dois anos. Não falarei de sua progressão de aprendizagem ao longo desses dias. Os meninos de hoje parecem já nascer sabendo de tudo um pouco. Dissertarei, na verdade, sobre o que eu aprendi com a vinda do guri. Ser feliz com a felicidade de outrem. Saciar-me com a satisfação de outra pessoinha. Anular-se por amor, transformando essa nulidade em número inteiro, real, positivo. Depois do Raul, ir pra balada não tem a mesma graça do que niná-lo ao som dos hits do Patati, Patatá. Assistir ao futebol na TV não é mais emocionante do que ver as invenções do Mister Maker ou as travessuras do Backyardigans. E ir para o shopping não significa renovar o guarda-roupa ou tomar um chopp para distrair. Mas, sim, horas e horas no pula-pula, vendo o menino pinotar igual uma carrapeta, numa cama elástica. Por falar nisso, queria pedir a seu João Claudino para colocar um pula-pula no Teresina Shopping. Do outro lado da ponte é um calor danado.

5 comentários:

Robson Costa disse...

Continuo a afirmar que não há palavras para explicar, mas ousaria arriscar que o sentimento de pai (e mãe) para o filho (filha) na verdade é tradução do amor verdadeiro, aquele que é único e pra sempre, àquele que realmente nos encoraja pra tudo na vida e nos faz enxergá-la sob outros ângulos, mais coloridos, mais precavidos, mais hoje e mais amanhã também. Esse amor nos torna mais humanos, melhores.
Parabéns pro trombadinha do Raul meu amigo, meu amigo.

Unknown disse...

Meu amigo e cumpadre. Ao ler seu artigo Amar é, fiquei feliz em ver que seu coração duro e forte não resistiu ao amor paterno e aos pequenos detalhes que envolvem a vida do grande Raul. De fato meu amigo amar é tudo isso e mais. Esse mais nós só saberemos nos dias que viveremos ao lado dos nossos filhos acompanhando seu crescimento dia a dia. O mais é o inesperado. Parabéns para o Raul.

Thais Loiola disse...

Que texto lindo! O amor extravasa em todas as linhas desse maravilhoso textinho. Parabéns por viver essa felicidade plena todos os dias.
Saudades de você!

katya disse...

Eu não os tenho, ainda, mas tenho sobrinhos que são como quase. E já deixei muito forró regado a um monte de marmanjo enchendo a cara (deprimente) pra ficar com a Maria Alice, o "padinha vamo brincar de cebelelelo" não tem quem pague...e quando for 'mamãe vamo bincar de cabelelelo' então!

Calmaria disse...

buáááááá

raimundo, eu meio que te avisei...
quando meu cobrinho nasceu, o Francisco Lima um dia disse - Erica, e como vai ser quando tu tiver um filho, pq tu só fala no Pietro!?
Eu respondi com as palavras de Aurisete Fonseca - Se existir amor maior que este no mundo, eu kero sentir. Pq a Aurizete disse - Vc só conhece o verdadeiro amor, quando vc se torna mãe (ou pai).

Deve ser isso, então!!!

amo td issooooooooo